O que aconteceu
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou nesta sexta-feira, 24 de outubro, a segunda fase de sua campanha nacional de conscientização contra golpes e fraudes eletrônicas, com o slogan “Se é golpe, tem contragolpe”. A iniciativa reforça orientações para operações bancárias e de internet em um momento de maior risco para consumidores e empresas, às vésperas da Black Friday e do fim de ano.
- A Febraban afirma que bancos investem cerca de R$ 5 bilhões/ano em cibersegurança e prevenção a fraudes e que a educação digital é pilar central para reduzir ocorrências.
- A nova etapa teve +77% de alcance, +120% em impressões e +246% em cliques na comparação com 2024, segundo a entidade.
Fonte: Radioagência Nacional/Agência Brasil (24.out.2025).
Por que importa
O Brasil vem ocupando o topo da lista de alvos na América Latina para ransomware e golpes digitais. Relatórios recentes de mercado e de inteligência nacionais mostram crescimento persistente de tentativas de ataques — incluindo uso de phishing com QR Code (“quishing”) e exploração de dados pessoais vazados em incidentes ocorridos ao longo do ano.
Contexto rápido
- Risco em alta: O país registrou 314,8 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos somente no 1º semestre de 2025, de acordo com levantamento de mercado citado por especialistas do setor e pela imprensa.
- Ransomware: Em 2025, o Brasil segue como epicentro regional de ataques do tipo, respondendo por mais de 50% das tentativas na América Latina, segundo análises de empresas de segurança publicadas em outubro.
- Temporada de fraudes: Na Black Friday, golpes com smishing, anúncios falsos, falsas centrais e phishing com QR Code tendem a se intensificar, mirando tanto consumidores quanto vendedores e marketplaces.
Ping de Notícias — Linha do tempo essencial
- Hoje (24.out): Febraban lança nova fase da campanha “Se é golpe, tem contragolpe”, com foco em educação digital e prevenção no varejo e no bancário.
- Outubro: Alertas do setor indicam quishing (phishing por QR Code) em alta e uso intensivo de IA generativa para personalizar golpes.
- Semestre: Tentativas de ataque no Brasil passam da casa dos centenas de bilhões no ano, mantendo o país entre os mais visados na região.
Números e evidências
- R$ 5 bilhões/ano em investimentos de bancos brasileiros em segurança e prevenção.
- +77% de alcance, +120% em impressões e +246% em cliques na campanha vs. 2024.
- Centenas de bilhões de tentativas de ataque no Brasil em 2025, com destaque para phishing, golpes no Pix e engenharia social.
Como isso te afeta (Consumidor)
- Pix e pagamentos: Nunca aceite “suporte” por ligação, mensagem ou app que peça código, senha, token ou QR para “reembolso”. Banco não solicita credenciais por contato ativo.
- Black Friday: Desconfie de ofertas com urgência e de links encurtados; verifique o domínio, certificações e reputação da loja. Prefira pagar em ambientes que você já conhece.
- WhatsApp/Telegram: Desconfie de pedidos “urgentes” de familiares; confirme por outra via.
- Golpe do falso motoboy: Ninguém recolhe cartão físico; se pedirem, é golpe.
Como isso te afeta (Empresa)
- Reforce controles sazonais: DLP e antifraude mais agressivos em novembro/dezembro; vigie QR codes, links e páginas de checkout.
- Hardening de suporte: Treine times de CX e lojas físicas para roteiros de verificação; canalize suspeitas para o SOC e feche lacunas de engenharia social.
- PCI/Dados pessoais: Reduza exposição de dados e aplique tokenização de cartões; limite acesso de terceiros.
- Resposta a incidentes: Plano com simulações de fraude transacional e “account takeover”.
Checklist prático de Black Friday (5 passos)
- Ative MFA forte (app autenticador) nos apps financeiros e e-commerce.
- Verifique domínios e evite compras a partir de links recebidos por mensagem.
- Use cartões virtuais com limite por compra.
- Monitore extratos e ative alertas de transação.
- Atualize apps e sistemas; aplique correções de segurança.
Abre aspas
“É essencial criar uma cultura de proteção de dados no Brasil; ações de conscientização são fundamentais para fomentar a educação digital.” — Walter Faria, Febraban.
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